Uma viagem por Israel, para ver de perto as diferenças culturais e todo o misticismo que envolve este país, é o ponto de partida para celebrar mais uma jornada no exterior. Estar num dos mais antigos países do mundo, vivenciar o dia a dia dos moradores nos locais descritos nos livros e fazer parte desta história por um curto espaço de tempo são motivos mais do que especiais para visitar o país do Oriente Médio.
Os tons terrosos são os mais reconhecidos, graças à formação desértica que se espalha por boa parte dos 21 mil quilômetros de território, mas Israel tem diferentes oásis que o tornam ainda mais interessante. Tel Aviv, às margens do Mar Mediterrâneo, é um exemplo claro da variação paisagística de Israel.
Hospedagem em Tel-Aviv
Minha base foi esta cidade, onde me hospedei num apartamento alugado via AirBnB e localizado na região do Mercado Camelo (Camel Market). Um lugar com cara de vila do interior, a duas quadras da moderna Banana Beach. A cidade é um dos portos mais antigos do mundo em atividade e uma das mais modernas cidades da Ásia. É também uma das mais diversificadas e pacíficas, aceitando diferentes povos, tal qual ocorre em outras metrópoles mundo afora.
A indústria da tecnologia é a principal fonte de economia.
Aplicativos como WhatsApp e Waze surgiram por aqui e ganharam o mundo, após a venda para gigantes mundiais do setor. A outra maior atividade que gera renda é o beneficiamento de diamantes brutos, seguida da agricultura. Três informações novas para a maioria dos turistas que desembarca no litoral israelense.
De Tel Aviv, fui às outras cidades com excursões adquiridas pelo site da empresa Bein Harim, recomendada pelo dono do imóvel em que fiquei. Marcava o ponto de saída (geralmente algum hotel da rota da empresa próximo ao meu endereço) e, de lá, em ônibus ou van, era levado com outro grupo de visitantes para os passeios com guia em inglês, melhor forma de fazer amigos e interagir com outras culturas. Uma viagem por Israel é assim. Alguns roteiros têm guias que falam português, espanhol, francês, alemão ou italiano, mas é necessário consultar a demanda do dia.
Conhecendo Massada
Cheguei numa sexta-feira e logo fui atrás de comprar a excursão. É que os sábados são sagrados (Shabat – dia de descanso, considerado pelo judaísmo o sétimo dia em Gênesis, depois de seis dias da criação) e quase nada abre em Israel. Optei por ir à Massada e à região do Mar Morto na minha estreia pelos lugares históricos e sagrados. A primeira é um planalto, uma verdadeira fortaleza natural que foi lapidada pelo rei Herodes em 30 a.C, bem em meio ao deserto. Foi cenário de guerras, de conquistas e derrotas, até que em 78 a.C, um grupo de quase mil judeus decidiu por se jogar lá do alto a ter que entregar a cidade aos romanos.
O fato é historicamente tratado como um ato de heroísmo, bravura e martírio, que venceu o tempo e se mantém firme até hoje como pano de fundo para a atividade turística. Um complexo bem estruturado, aliás, recebe os visitantes, que podem subir a pé ou se deslocar por teleféricos até o alto do morro onde estão os sítios arqueológicos e parte da obra restaurada. Uma faixa preta mostra o limite entre o que foi encontrado intacto e o que precisou ser reconstruído.
CONTEÚDO MULTIMÍDIA – RICARDO RUAS, jornalista e viajante que ama viajar barato e conhece 38 diferentes países e continua contando!
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Fonte: grupoodp.com.br