Por: Ricardo Ruas – jornalista e viajante que já rodou 38 países (e contando) pelo mundo.

Delhi foi nossa “base administrativa” da viagem à Ásia. Por ser capital, tem mais voos e horários disponíveis para a locomoção. Claro que também tínhamos alguns dias para visitar esta megalópole do Oriente. Gigantesca em extensão, tem grandes distâncias entre a maioria dos pontos turísticos, mas há a facilidade dos tuktuks (que funcionam inclusive via aplicativo Uber). Converse sempre com o motorista e avise seu destino. Algumas regiões são limitadas para alguns tipos de transporte. Também combine o valor antecipado e sempre pechinche.

É preciso ser indiano para entender o trânsito local. Na maior parte da cidade o tráfego é caótico, exige habilidade e jogo de cintura para pilotar/dirigir. Mas se quiser mesmo se impressionar com a Índia, visite Nova Delhi, a parte nova onde está montada a estrutura governamental. Tem o que seria no Brasil a Esplanada dos Ministérios, rodeada por belos jardins floridos, até chega à casa do primeiro-ministro indiano.

Ali pertinho está o India Gate, um memorial que homenageia os mortos de guerra. As ruas que levam a esta região é uma área nobre, com belas mansões, ruas limpas, arborizadas e trânsito um pouco mais controlado. Diante da realidade inicial, é um paraíso em meio ao caos.

Se quiser ficar ainda mais chocado, a Índia é um importante polo tecnológico mundial. Tem muita mão de obra especializada por lá e grandes edifícios com escritórios de gigantes como Google. Esta região, na saída da cidade em direção a Agra e Jaipur, tem bolhas arquitetônicas modernas em meio à situação considerada comum no país.

O que fazer em Delhi

  • O Templo de Lótus é uma obra ecumênica aberta a todos os povos, ritos e religiões. Tornou-se um símbolo de igualdade na capital indiana. O projeto arquitetônico garantiu ao prédio o formato de uma flor de lótus, conhecida por ser muito bonita, apesar de viver na lama.
  • Com 880 toneladas de aço e 5,5 mil toneladas de concreto, o Templo Harekrishna Iskcon foi erguido para ser um centro de conhecimento e cultura Védica. No espaço, estão museu, biblioteca, restaurantes, jardim…
  • Muito próximos, o Forte Vermelho e a Mesquita Jama Masid são destinos turísticos de Delhi. O primeiro abre as portas do espaço que dava guarita à família real em momentos de crise no país. O outro é o maior templo da Índia, com capacidade para 25 mil pessoas. Foi construída pelo imperador mugal Shah Jahan entre 1644 e 1656.
  • Comprar artesanato é algo que merece um destaque na agenda. Quem quiser presentear os amigos e familiares com lenços, elefantes em pedra, capa de almofada, roupas no estilo indiano e uma infinidade de outros artigos encontra em Delhi o local certo. Mas é preciso estar atento aos locais. Uma feira em frente à Mesquita Jama Masid, por exemplo, tem barracas com boa e outras com produtos de má qualidade. Há várias delas espalhadas por Delhi. Sempre pesquise o preço, olhe a fundo o produto, pechinche e só então leve.

Fique ligado

  • Se tem algo que tem pelas ruas é lama, lixo, cocô de vaca e cachorro… Na brincadeira os indianos chamam o estrume de massala (que é o nome dado ao tempero da comida). Não pense em ficar com os pés limpos após uma caminhada. Prepare-se para tênis empoeirados ao fim de cada dia.
  • Graças à cultura, os indianos são machistas e nada cavalheiros. Em todos os locais que vieram nos ajudar a carregar as malas, pegavam apenas a minha e deixavam a Thábata levar a dela (que eu prontamente me dispunha a carregar).
  • Alguns templos e monumentos não permitem o uso de tripé. Isso ocorre para evitar aglomeração e as filas andarem mais rápido. Lembre-se que a Índia tem 1,2 bilhão de habitantes com alta concentração demográfica, além de muitos visitantes. Em outros locais, como o Templo dos Macacos de Varanassi, nem mesmo celulares são autorizados. Tudo porque um atentado terrorista recente tirou a vida de várias pessoas.
  • O aeroporto de Delhi foi considerado o melhor do mundo em 2017, pelos serviços prestados. A votação foi feita pelos usuários e também por uma comissão técnica que avaliou diferentes itens. Vale destacar que apenas entram no terminal aqueles que apresentarem comprovante de passagem e passaporte. E o lugar é mudo, ou seja, não há anúncios pelo sistema de som sobre os voos. É preciso ficar atento nas telas.

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Fonte: grupoodp.com.br

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