Conciliar a vida pessoal com a profissão não é fácil e exige muito de qualquer pessoa, o desafio é ainda maior quando o assunto são as mulheres que se tornam mães. O Dia das Mães (12/5) está próximo e levanta esse tema visto a dificuldade delas em retornar para o ambiente de trabalho. Uma pesquisa da Catho reforça que, após a chegada dos filhos, 28% das mulheres deixam o emprego e para 21% a procura por algo novo pode levar mais de três anos. “São valores antigos que fazem acreditar que as mulheres devem escolher entre casar, ter filhos ou trabalhar. Como mãe e especialista em carreira, posso afirmar que isso é um equívoco. Muitas mães depois da maternidade mostram ainda mais vigor, vontade e força para alcançar os resultados”, conta a especialista em carreira e coach, da Effecta Coaching, Janaina Manfredini.
O problema é que essas demissões, na maioria dos casos, não partem da escolha própria ou falta de capacidade das mulheres. “Na visão das empresas tradicionais ainda é comum a crença que a mulher, quando mãe, deve viver em função da criança, sem dar conta de enfrentar uma rotina de trabalho ou cuidar de si própria. É algo tão forte que até mesmo líderes mulheres seguem com esse pensamento”, destaca a coach. Essa falta de reconhecimento faz com que executivos homens e mulheres percam ótimas profissionais, capacitadas e qualificadas para o cargo e que poderiam fazer diferença na empresa.
É preciso mudar e entender que ser mãe não tira da mulher a sua independência, que por trás da nova imagem, ainda existe uma pessoa com força, vontades e sonhos. E, além de tudo isso, uma mulher que carrega centenas de novas qualidades que podem, inclusive, favorecer o ambiente de trabalho. “O mercado está sempre à procura de profissionais multitarefas. Multiplicada fica a capacidade de quem se torna mãe, como duvidar de alguém que é capaz de estar à frente das contas, de um filho, da casa e do companheiro? Com a maternidade, a mulher aprende a se entregar para tudo um pouco, são também profissionais mais humanizadas, a tendência é que fiquem mais sensíveis, humanas e pacientes. Com todas essas características, passam a ouvir e entender melhor, e a ter um poder extra na hora de gerir e unir uma equipe. Estão sempre em busca do melhor, não só para garantir uma vida melhor para o filho, mas para que ele seja testemunha e se orgulhe dessa trajetória”, finaliza Janaina.
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Fonte: grupoodp.com.br