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Ter em mente o que se quer para o futuro pode ajudar
Muitas vezes, os pais projetam os quartos dos filhos pensando apenas nas necessidades que terão nos primeiros anos de vida. Quando a criança cresce, vem aquele impasse sobre o que fazer com os móveis e como adaptar o ambiente. Seria preciso reformar tudo? Segundo o arquiteto Thiago Mondini, é possível planejar um quarto que poderá ser repaginado no futuro, determinando antecipadamente as estruturas que serão reaproveitadas e prevendo espaço para aquelas que serão ajustadas.
– Espaço e disposição dos móveis:
Escolher o layout (a disposição dos móveis) é um dos passos mais importantes. Pode-se determinar onde ficará a cama no futuro e, ali, posicionar o berço. Ou, quando o quarto tiver uma cama auxiliar, ela poderá se tornar a cama principal. Neste caso, a área do berço pode receber uma bancada de estudos ou um espaço para brinquedos e objetos lúdicos que estimulem os sentidos da criança.
– Guarda-roupa e acabamentos:
Armários para bebês e armários para crianças/adolescentes são completamente diferentes. Os espaços internos desses móveis precisam ser organizados de maneira distinta, para acomodar peças de tamanhos cada vez maiores. Por este motivo, e também pelo custo, esta costuma ser a peça-chave do quarto. É muito importante determinar se o guarda-roupa vai permanecer ou sair na renovação futura. Os acabamentos também podem ser planejados levando em conta o reaproveitamento. Evitar cair naquele clichê dos móveis brancos e das decorações óbvias em tom de azul ou rosa ajuda muito a solucionar as modificações futuras. Ambientes bem coloridos, mistura de texturas e móveis em outros tons (principalmente amadeirados) são aposta certa para um quatro moderninho e que exigirá poucas mudanças no futuro. Além disso, é bom lembrar que alguns acabamentos, apesar de mais caros, são também mais flexíveis, a exemplo da laca, que permite que a peça receba nova camada de pintura para troca de cor.
– Prateleiras:
Além de servirem para expor brinquedos e decorações, as prateleiras podem ser ótimas aliadas nos primeiros meses de vida, para armazenar fraldas, pomadas, cremes, remédios e outros produtos indispensáveis no cotidiano de um bebê. Com o crescimento dos pequenos, elas podem se tornar o local ideal para livros, materiais escolares e objetos decorativos com os quais a criança se identifique. Normalmente estas peças se mantêm no mesmo lugar nas renovações, quando corretamente planejadas.
O arquiteto Thiago Mondini realizou, em 2008, um projeto para um quarto de bebê, com cama alta e piscina de bolinhas. O espaço já foi pensado, na época, para permitir a substituição do armário pequeno, dimensionado para roupas de bebê, por um armário convencional. Da mesma maneira, o espaço destinado à cama alta e à piscina de bolinhas foi planejado para substituição por uma cama de solteiro. O ambiente foi repaginado quando a criança completou nove anos. “Reutilizamos mais da metade das marcenarias: o painel da TV, mantido em sua cor original, a grande bancada baixa, as prateleiras e os nichos redondos, que foram apenas pintados de marrom. Só não aproveitamos mais itens porque o cliente queria dar uma cara completamente nova ao ambiente”, explica. O novo desejo era um espaço para um menino “adulto” para combinar com a personalidade da criança, que gosta de mapas, viagens e cultura. A estética do novo quarto deveria continuar funcionando quando ele se tornasse adolescente. Para complementar as necessidades, foi acrescentada uma bancada de estudos em mármore de frente para a TV. A aplicação de papel de parede verde em todas as paredes e no teto do quarto deu uma nova roupagem ao ambiente.
Informações para a imprensa – Oficina das Palavras:
Camila Tibes – jornalismo5@grupoodp.com.br – (47) 3322-0545 / (47) 99994-1534
Thiago Mondini Arquitetura
Rua Marechal Floriano Peixoto, 55
Ed. Juma – Sala 404 – Centro – Blumenau (SC)
Telefone: (47) 3322-8815
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Fonte: grupoodp.com.br