Em Santa Catarina, acesso ao esgotamento sanitário por parte delas é 8,5% menor que a média nacional

Um estudo realizado pela BRK Ambiental, em parceria com o Instituto Trata Brasil e apoio do Pacto Global, aponta que a falta do saneamento básico tem impacto ainda mais negativo na vida das mulheres. A pesquisa mostra que o acesso à água e ao esgoto tirariam 635 mil mulheres da pobreza. Atualmente, no Brasil, uma a cada quatro mulheres não tem acesso adequado à infraestrutura sanitária, o que implica na saúde, educação, renda e bem-estar.

Para o diretor Operacional da BRK Ambiental em Blumenau, Edi Bortoli, as mulheres são as mais atingidas pelo fato de desempenharem muitas funções no dia a dia. “Ainda é muito forte a cultura da mulher como responsável pela casa e pelos filhos, e isso afeta a sua própria saúde, qualidade de vida e seu trabalho. Por isso vemos o saneamento básico como um importante fator para essa igualdade de gênero e empoderamento feminino”.

O economista Fernando Garcia de Freitas, responsável pela pesquisa “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira”, corrobora com essa informação ao lembrar que quando há falta de água em casa ou quando alguém da família adoece, em geral a rotina das mulheres é mais afetada, o que reduz o tempo produtivo delas em 10%, se comparado com os homens. “Temos um retrato evidente de como a falta de água e esgoto impacta a criança, a jovem, a trabalhadora, mãe e a idosa, impedindo a melhoria de vida e aprofundando as desigualdades”.

Em Santa Catarina, 14,4% das pessoas ainda não possuem acesso à rede geral de saneamento básico. Se somarmos somente a população feminina, o índice sobre para 17,7%. Já em relação ao esgotamento sanitário, 34% das catarinenses não possuem coleta e tratamento, enquanto a média brasileira é de 25,4%.

Investimentos para reverter esse quadro

Em Blumenau, há nove anos os serviços de coleta e tratamento de esgoto foram concedidos à BRK Ambiental. Desde que os trabalhos iniciaram, a cobertura deu um salto de 4,8% para 43%, atendendo 153 mil habitantes e 19 dos 35 bairros da cidade. Até o momento, já foram investidos R$ 242 milhões e a previsão é investir R$ 505 milhões até o ano de 2055, quando se encerra o contrato de concessão.

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Fonte: grupoodp.com.br

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